TransArte !
Através de sua programação multidisciplinar, o Festival TransArte tem como objetivo contribuir artisticamente para a prática de valores como: o respeito às diferenças, a não violência, a democratização de acesso aos bens culturais, a igualdade de direitos e a liberdade de expressão.
PROGRAMAÇÃO
Escola Municipal Calouste Gulbenkian-Rua Professor Clementino Fraga, s/n – Centro, RJ, 20973-013
QUARTA- FEIRA (19/10)
ABERTURA
Horário: 19h
Dandara Através do Espelho
Sinopse: É uma peça de teatro autobiográfica criada a partir do diário da atriz Dandara Vital. Dandara é uma atriz transexual e na peça seu sonho é fazer um filme sobre a sua vida narrando os desafios que enfrentou no seu processo de transição. Com a ajuda de Pedro, um estudante de teatro, assumem o desafio de tirar a ideia do papel. Com uma câmera na mão as memórias e o espaço se mesclam numa mistura de realidade e ficção.
Ficha Técnica:
Elenco: Dandara Vital e Pedro Bento
Direção: Diêgo Deleon
Duração: 60 min /Classificação: 14 anos / Horário: 19h
COQUETEL DE ABERTURA DO FESTIVAL E DA EXPOSIÇÃO
Horário: 20h30
Exposição Transparência (ficará aberta a visitação durante todo o festival)
Artista: Fernando Codeço
TRANSPARÊNCIAS é uma exposição-proposição de Fernando Codeço com curadoria de Luciana Vasconcellos que é travesti e modelo de um dos trabalhos. A exposição reúne obras em diferentes formatos, desenho, videoinstalação, videobjeto e fotonovela. Desenhando e sendo desenhado pelas travestis o artista cria trânsitos entre o seu corpo e o delas, abrindo espaços de diálogos, trocas e afetos. Algumas obras são inéditas, entre elas destaca-se a videoinstalação DECALQUE-TRANS, feita em colaboração com a puta transativista Indianara Siqueira e a performance-instauração PALAVRAS LANÇADAS NO ESPAÇO (co-criação do artista e da curadora) que ocorrerá na abertura da exposição com a participação de Alessandra Ramos, Daniela Faria e Luiza Mendonça.
QUINTA-FEIRA – DIA 20/10
OFICINA DE PERFORMANCE E ARTE QUEER
Horário: Das 9h às 13h
Até o dia 22/10
Professor-Artista: Davi Giordano
A oficina possui como objetivo a experimentação e criação de performances artísticas voltadas para o tema da Arte Queer. Através de um formato de ateliê de criação performático, o curso desdobra uma pesquisa criativa sobre múltiplas possibilidades de concepção e realização de arte gay e outsider. Para isso, os alunos entrarão em contato com referências de artistas do Brasil e do exterior que trabalham com este viés de experimentação para que assim possam se inspirar na concepção e realização de seus próprios trabalhos. As aulas funcionarão em modalidades de oficina, ateliê de criação e laboratório cênico, permeando diversas técnicas, metodologias, pesquisas e pedagogias sobre as temáticas que atravessam as artes gay e queer. Os trabalhos criados durante a oficina serão performados no último dia de aula numa mostra pública em formato de uma exposição performática.
Carga Horária: 12horas / Participantes: 20 / Horário: Das 9h às 13h / Até o dia 22/10
MOSTRA DAMAS EM CENA
Horário: 19h30
Damas em Cena é um projeto de formação teatral voltado para travestis e transexuais, realizado pelo Instituto do Ator desde 2008. Em 2009 estreou o espetáculo TransTchecov, que reuniu textos de Anton Tchecov juntamente com a biografia das Damas. Em 2015 o projeto foi contemplado pelo Edital de Ações Locais da Secretaria Municipal de Cultura e formou um novo grupo que tem hoje nove integrantes. Em 2016 estreou com esta nova turma o espetáculo Mulheres de Tebas. Esta Mostra tem como proposta resgatar o histórico do projeto através da exibição de trechos do documentário Transchecov dirigido por Gabriel Weiner e Celina Sodré seguido de debate com a diretora Celina Sodré e as atrizes Dandara Vital e Ketelen Cajueiro.
Duração: 1h e 30min
PERFORMANCE JULIETA DESCAPULETIZADA
Horário: 19h
O solo-performance ”Julieta Descapuletizada” foi criado em 2010. Desde então, a pequena encenação já foi apresentada em diferentes contextos nos últimos quatro anos. Trata-se de uma releitura da obra clássica ”Romeu e Julieta”. Julieta volta para a terra depois de sua morte para fazer e dizer tudo o que gostaria para o seu amado Romeu. Agora, ao invés de uma adolescente doce e frágil, vemos uma Julieta (des)vestida de toda repressão familiar, (des)reprimida de todo peso moral, (des)construída para potencializar todas as suas forças e desejos interiores.
Artista: Davi Giordano / Duração: 30 min / Classificação 18 anos
ESPETÁCULO “SONHO ALTEROSA”
Horário: 20h
Ao se apresentar como uma princesa, o performer Caio Riscado desconstrói a ideia de “final feliz” padronizada pela grande mídia e faz as pazes com o seu sonho infantil. O passado é atualizado pela presença do artista que revisita criticamente as investidas homofóbicas que marcaram sua infância. Acompanhado por Lucas Canavarro e Philippe Baptiste – que operam vídeo e som e são responsáveis, também, respectivamente, pela direção de vídeo e direção musical – Caio nos convida a conhecer seu mundo cor de rosa (a direção de arte de Victor Hugo Mattos eleva isso à enésima potência), que é bem diferente daquele das princesas, príncipes, bruxas malvadas, fantasia e finais felizes.
Ficha Técnica:
Elenco, Direção e Concepção: Caio Riscado / Duração: 60min / Classificação 14 anos
SEXTA-FEIRA – DIA 21/10
DRAG-SE: VIVÊNCIAS-Horário: 17h30
Drag-se é um canal de conteúdo audiovisual que tem jovens Drags como protagonistas em diversos formatos: documentários acompanhando um dia na vida de uma drag, tutoriais de maquiagem, performances musicais, vlogs, programas de variedades e mini entrevistas com os principais artistas LGBT do país. Além dos vídeos, DRAG-SE se tornou uma marca que fomenta o movimento LGBT em diversas áreas culturais: desfiles, shows, performances, presença em galerias de arte, photoshoots, cineclubes e festas, porque drag e festa andam sempre juntos.
O intuito da mesa “Drag-se: vivências” no Festival Transarte é contar a experiência do canal e a inserção do mundo drag no Rio de Janeiro e em nossas vidas, a partir de uma perspectiva pessoal e profissional.
Mesa debatedora: Pandora Yume, Bia Medeiros
Performances: Ravena Creole e Danjah Patra
Duração: 1h e 30min
ÉGUX!
Horário: 19h
“ÉGUX!” é a segunda performance da trilogia “MULA”, de autoria de Mayara Yamada, que aborda a paisagem do Pará, a partir de um contexto autobiográfico. Égux! é um processo de des-doma. Não tão fácil é se livrar do arreio, do estribo, da barrigueira, do cabresto, da rédea, mas para evocar a liberdade é preciso “desdomar” as éguas evocadas e invocadas. Segue-se querendo destituir o homem de cima do cavalo, sendo essa criatura mistura de búfala com égua com mulher em tudo aquilo que habita.
Duração: 30min / Classificação: 18 anos
ESPETÁCULO “PRÁTICA DE MONTAÇÃO”
Horário: 20h
Um grupo de atores é convidado a visitar e reinventar suas lembranças construindo um álbum coletivo de suas memórias, a partir do recurso da colagem. O espetáculo é apresentado em quadros em que atores/personagens expõem uma cartografia de suas biografias, nos quais as definições dos gêneros masculino e feminino não se sustentam de forma definida. Dessa forma, a subversão, a oscilação entre essa dicotomia, a transexualidade, a travestilidade, tornam-se a única condição de vida, uma prática de sobrevivência.
Elenco: Dandara Vital, Caju Bezerra, João Paulo Rodrigues, Ana Kailani Guimaraes, Carlos Bruno, Gabriel José, Marcos Pereira, Francisco Souza, Pedro Bento
Direção: Diêgo Deleon
Texto: Peter Franco
Duração: 80min / Classificação: 18 anos
SÁBADO – DIA 22/10
Exibição de Curta: Transcrição
Sinopse: O filme retrata a inquietação de uma escritora trans, cujo a procura por se reconhecer vai ao encontro de sua própria vida revisitada pelas lembranças de infância. Beatriz Correia em meio aos seus 40 anos sente a necessidade de entender os sonhos que sua mãe teve pra si, e essa inquietação nos leva a refletir sobre a conduta geral de uma sociedade que insiste em nos moldar, e aprisiona mulheres. Em especial mulheres negras que são violentadas diariamente, mas que se mantém firmes e conduzem seus filhos com proteção, admiração e orgulho. A força, a vaidade, a beleza, a empatia pelo outro e o amor são os fios condutores desse filme: sincero, cuidadoso, minimalista, mas real.
Ficha Técnica:
Direção e Roteiro: Iury de Carvalho e Felipe Dutra
Elenco: Kethelleenn Cajueiro, Geandra Nobre, Jefferson Rangel, Paulo Victor de Oliveira Lino e Phelipe Azevedo.
Duração: 5min
Classificação: Livre
SIMPÓSITO TRANSARTE
Horário: 15h
Mesa 1 – Mesa dos Artistas: Criação e Identidade de Gênero
Esta mesa será composta pelos artistas dos espetáculos que compõem o festival propondo um debate sobre a criação artística de seus trabalhos e a questão da identidade de gênero.
Debatedores:
Dandara Vital e Diêgo Deleon (Projeto Prática de Montação)
Davi Giordano (Julieta Descapuletizada)
Mayara Yamada (Egux)
Silvero Pereira (Uma Flor de Dama)
Carolina Caju e Kethellen Cajueiro (Mulheres de Tebas)
Mediação: Douglas Resende
Duração: 1h 30min
Mesa 2 – Cultura e Transexualidade
A Mesa com o tema Cultura e Transexualidade abrirá um espaço para o pensamento teórico crítico sobre a inserção do público Trans nos diferentes dispositivos culturais. A mesa será composta por dois palestrantes, além do mediador, cada um com um subtema a ser explorado: 1)Arte e transexualidade; 2)Políticas culturais para o público Trans.
Curadoria: Dandara Vital
Duração: 1h 30min
ESPETÁCULO “MULHERES DE TEBAS”
Horário: 18h30
Comédia que narra a história de uma mulher trans que enriquece e decide patrocinar o enredo do bloco de carnaval do seu coração. Em meio às peripécias e confusões desta tão peculiar agremiação, a patrocinadora consegue finalmente realizar seu sonho.
Ficha Técnica:
Direção: Carolina Caju
Assistentes de Direção: Rodrigo Menezes
Elenco: Alexis Diogo, Dandara Vital, Julia Alvez, Ketellen Cajueiro, Rebeca Blando, Theo Oliveira, Vanessa Alvez, Ys Rangel e Welldona Mirifica
Duração: 40min/ Classificação etária: 14 anos/ Horário: 18h30
ESPETÁCULO UMA FLOR DE DAMA
Horário: 20h30
O público é convidado a passar uma noite com uma travesti, ver como ela vive, ver cada parte da sua noite, da sua profissão e seus prazeres. A proposta é que se veja uma travesti fora do preconceito imposto pela sociedade. O objetivo é encará-la como ser humano, que também luta por amor e vida, além de questionar assuntos como HIV, Política, sociedade e escolhas.
Ficha Técnica:
Direção, Atuação e Concepção: Silvero Pereira
Duração: 50 minutos / Classificação etária: 18 anos / Horário: 20h30