Regina Casé de volta aos palcos !

Com direção geral de Estevão Ciavatta e direção cênica de Hamilton Vaz Pereira, a atriz sobe ao palco com espetáculo reúne textos de grandes autores brasileiros 

A estreia de ‘Recital da Onça’ marca não somente o reencontro de Regina Casé com o teatro, como também reafirma a sua capacidade de integrar universos e segmentos muito distintos. Após 25 anos de seu último espetáculo – ‘Nardja Zulpério’ (1990-1994) –, ela retorna ao tablado em um solo que costura trechos de grandes escritores nacionais através de uma personagem às voltas com um convite da Universidade de Harvard para uma palestra sobre literatura brasileira. A montagem estreou em Salvador, passou pelo 28º Festival de Curitiba e chega ao Rio de Janeiro para uma curta temporada no Teatro Oi Casa Grande a partir de 19 de abril. A cada cidade, o texto ganha novos autores e citações.

‘Nunca procurei textos de teatro. Desde o Asdrúbal, sempre criamos juntos a peça que a gente queria montar. Nunca quis escolher e montar um autor. Desta forma que fazemos, leva muito tempo, é um processo artesanal que não conseguia produzir com um programa semanal no ar. Assim que tive esse primeiro período de férias da TV, quis voltar correndo para o teatro’, conta Regina, que voltará para a TV em uma novela no segundo semestre.

A ideia inicial seria montar algo no Verão em Salvador. ‘Estevão (Ciavatta) é casado comigo há 23 anos e nunca tinha me visto no teatro. Ele que sugeriu fazer algo na Bahia, a princípio seria somente algo pequeno, intimista, e apresentado naquela época apenas’, conta Regina, que estreou o projeto no Espaço Cultural da Barroquinha, para apenas 150 pessoas por noite. Durante os ensaios, Hamilton foi assistir e, com a imensa intimidade que adquiriu com Regina nos mais de dez anos de parceria no fenômeno Asdrúbal Trouxe o Trombone, assumiu a direção cênica, enquanto Estevão assina a direção geral.

Hermano Vianna, com quem também já assinou muitos êxitos na televisão, divide desta vez a criação do texto, que recorta trechos de ícones como Clarice Lispector, Jorge Amado, Mario de Andrade e Paulo Leminski.