“Olheiros do Tráfico” chegam ao Centro do Rio

Olheiros do Tráfico -1-12

A história de amizade entre dois adolescentes que vivem no submundo do tráfico numa favela carioca é o argumento da trama de “Olheiros do Tráfico”, texto e direção de Moisés Bittencourt com supervisão artística de Domingos Oliveira.  O espetáculo, que recebeu menção honrosa na 10ª edição da Festa Internacional de Teatro de Angra (FITA) – FITA por seu argumento e ator revelação para Bruno Suzano, fica em cartaz em curtíssima temporada: do dia 5 a 8 de novembro, no Teatro Glauce Rocha.  

Em cena, Sandro Barçal e Bruno Suzano dão vida à Crika e Tavim dois jovens que trabalham como olheiros para uma quadrilha liderada pelo traficante Sabuka. O espetáculo traz à tona a temática da violência, o uso de drogas, a implantação das polícias pacificadoras nos morros cariocas de uma maneira nada didática e recheada de um humor tenso. 

“Eu estou assistindo a um dos melhores espetáculos que já vi. Excelentes atores sobre todos os aspectos. É uma história difícil de contar, porque é uma história do tráfico. Da injustiça social que já foi contada dez mil vezes, mas acho que têm histórias que têm que ser contadas sempre”, afirma Domingos Oliveira.

Não é fácil sobreviver em um mundo absorvido pela violência urbana. Mas certamente seria impossível sobreviver neste mundo se não fosse a reflexão humanista que a arte nos proporciona ao relatar questões tão delicadas que envolvem temas tão violentos, porém, adocicados por uma dramaturgia envolvente e, por incrível que pareça, suportável.

“O que me fez escrever OLHEIROS DO TRÁFICO, cuja dramaturgia propicie palavras tão cheias de inquietudes, é, justamente, pelo fato deu ter total convicção de que penso o contrário delas. E que, materializando-as numa peça de teatro, poderia, aos poucos, direcioná-las ao que desejo. Que é, em suas entrelinhas, enveredá-las por um caminho de esperança, onde um grito de socorro, gritado pelos próprios personagens, vença a estupidez da violência. Ainda que de forma rude e desumana”, diz Moisés Bittencourt.

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