“Fulaninha e Dona Coisa” estreia no Rio de Janeiro!
“Todos temos na vida um lado Fulaninha e um lado Dona Coisa. Brincamos com isso quando as atrizes invertem de papel no palco”, detalha Daniel Herz, diretor da comédia “Fulaninha e Dona Coisa”, de Noemi Marinho, que estreia dia 11 de janeiro em curta temporada no Teatro FirjanSESI Centro. O espetáculo, idealizado por Eduardo Barata, retrata através do humor as dificuldades da convivência diária entre patroa e empregada. “Fui assistente de direção da montagem dirigida pelo Nanini, no início da década de 90. Sempre quis revisitar esta comédia. Os comportamentos mudaram, as relações trabalhistas avançaram. O texto foi mantido, porém atualizamos a encenação. A escolha das atrizes determinou a linguagem e estética do espetáculo”, conta o produtor. De um lado está Dona Coisa (Vilma Melo), uma mulher moderna, independente, que prefere manter certa distância em suas relações. Do outro está Fulaninha (Nathalia Dill), uma jovem com a cabeça cheia de sonhos, que chega do interior para trabalhar como empregada doméstica e se envolve em inúmeras trapalhadas. “Fulaninha e Dona Coisa” fala das diferenças de origem e da relação entre duas pessoas, ao mesmo tempo, tão ricas e distintas.
A peça traz para a cena a questão da temática racial, pensada e idealizada pelas equipes de produção e criação, desde a comunicação visual, que utiliza em algumas artes, imagens em preto e branco das atrizes; até a iluminação, que acentua o momento de inversão de papéis, por uma mudança de direção de focos. “É engraçado observar como temos tantos brasis dentro do Brasil. Em algumas cidades, quando entrávamos em cena, muitos se perguntavam: – É aquela ali que é a Dona Coisa? É a Nathalia Dill que faz a empregada? Então temos também com a peça, o compromisso social de mudar esse olhar; o olhar do por que não?”, comenta Vilma Melo, primeira atriz negra a ganhar o prêmio Shell RJ (29° edição) na categoria de melhor atriz.
“A possibilidade de emocionar o público dentro de uma comédia é algo que me instiga e me interessa”, comenta Daniel Herz. “No momento em que o país passou por transformações nos direitos trabalhistas dos empregados domésticos, a peça aparece como uma oportunidade de falar das recentes modificações, de maneira bem-humorada, sem deixar de ser informativa. Um espetáculo que fala das muitas possibilidades e ambiguidades que existem numa relação entre o personagem que oprime e o que é oprimido”, afirma Barata. “A gente fala de uma relação muito complexa, porque é trabalhista e ao mesmo tempo acontece dentro de casa. O público se identifica muito, ora com uma, ora com outra”, aponta Nathalia Dill.
“Como as mudanças de cena são muito rápidas, resolvemos fazer uma brincadeira a partir do conceito de transformação”, conta Clívia Cohen, responsável pelos figurinos, que se transformam em múltiplos elementos e adereços. Leandro Castilho compôs vinhetas e selecionou trilhas que auxiliam nas transições de cenas. “A música contribui bastante com o humor. Aproveitei ritmos bem brasileiros, como batucada de tamborim, cuíca e samba”, comenta o diretor musical. A cenografia de Fernando Melo da Costa propõe um espaço que estimula a criatividade do espectador. A iluminação é de Renato Machado. Tiago Herz interpreta o papel de um técnico de telefone que se envolve com Fulaninha na trama.
“Fulaninha e Dona Coisa” iniciou sua trajetória – 2017 – em Niterói; se apresentou em São José dos Campos; fez temporada de três meses em São Paulo e seguiu turnê por Fortaleza, Recife, Natal, Belo Horizonte, Salvador, Novo Hamburgo e Porto Alegre.
Serviço: FULANINHA E DONA COISA
Teatro Firjan SESI Centro – Av. Graça Aranha n°1
Tel: (21) 2563-4164
Estreia: 11 de janeiro
Temporada: Até 10 de fevereiro
*Dia 10/01 haverá sessão para Ongs
Dias e horários: De quinta a sábado às 19h e domingo às 18h
Valores: R$40,00(inteira)/ R$20,00(meia)
Duração:70 min
Classificação:12 anos
Ficha Técnica:
Texto: Noemi Marinho
Elenco: Nathalia Dill, Vilma Melo e Tiago Herz
*Do dia 24/01 até 10/02, o papel de Fulaninha será interpretado pela atriz Claudia Ventura.
Direção: Daniel Herz
Idealização e produção: Eduardo Barata
Cenário: Fernando Mello da Costa
Figurinos: Clívia Cohen
Iluminação: Renato Machado
Trilha sonora original: Leandro Castilho
Direção de produção: Elaine Moreira
Produção executiva e diretor de palco: Tom Pires
Assessoria de Imprensa: Barata Comunicação – Julie Duarte