“França Antártica” no Rio
A saga da ocupação da França no Rio de Janeiro do século XVI, que quase fez da cidade uma colônia francesa, é contada pelos atores-cantores Amora Pêra, Marianna Mac Niven, Alberto Magalhães, Dalmo Cordeiro e Leonardo Miranda, que utilizam o canto, a acrobacia e tocam instrumentos como sanfona, ukelelê, piano, flauta, trompete, trombone e percussão
Segundo contam os livros de História, por pouco o Rio de Janeiro do século XVI não incorporou o sotaque francês para sempre à sua fala. Para contar o porque desse quase afrancesamento da cidade maravilhosa, Alberto Magalhães e Claudio Mendes se reuniram e criaram a comédia histórica “França Antártica”, que conta a saga da ocupação francesa no Rio de Janeiro para a fundação da França Antártica – nome que teria a colônia francesa brasileira, não tivessem os portugueses expulsado os franceses, fundando a cidade de São Sebastião do Rio de Janeiro no dia 1º de março de 1565.
O cavaleiro e oficial naval francês Nicolas Durand de Villegagnon (1510-1571) esteve no Brasil entre 1555 e 1559 encarregado da missão de fundar uma colônia francesa na costa brasileira. Suas cartas, somadas aos relatos de outros personagens históricosque vieram com ele na viagem, forneceram a matéria-prima para a dramaturgia de Claudio Mendes e Alberto Magalhães. A dupla fez uma seleção dos melhores momentos dessas narrativas de viagem: a chegada no Brasil, a descrição do encontro dos franceses com os índios Tupinambás, e outras histórias pitorescas e divertidas desta fase ainda pouco conhecida da nossa história, em que o Rio de Janeiro quase se tornou francês.
“Como diretor, o que mais me impressiona e comove no teatro são as suas possibilidades: quem poderia imaginar que uma série de documentos históricos datados do século XVI pudessem render uma história tão saborosa e um espetáculo tão inusitado e divertido? Viva o teatro!”, celebra Claudio Mendes.
ESTREIA: dia 31 de março (5ªf), às 19h30
LOCAL: Teatro II do CCBB – Rua Primeiro de Março, 66 – Centro / RJ Tel: 21 3808-2020
Horários: 4ªf a domingo, sempre às 19h30 / Ingressos: R$10,00 e R$5,00 (meia entrada) / Funcionamento bilheteria: de 4ªf a 2ªf, das 9h às 21h / Duração: 90 min / Capacidade: 155 espectadores / Gênero: comédia histórica / Classificação: 12 anos /Temporada: até 01 de maio
FICHA TÉCNICA
Idealização: Irmãos Brothers Band
Dramaturgia: Alberto Magalhães e Claudio Mendes
Direção: Claudio Mendes/Argumento e Pesquisa: Alberto Magalhães
Elenco / Personagens:
Amora Pêra / Tupinambá, Índia Guerreira, Ministro Du Pont, Português
Mariana Mac Niven / Tupinambá, João Cointa, Evangélico, Artesão, Francês
Alberto Magalhães / Tupinambá, Villegagnon, Índio Velho, Intérprete, Português
Dalmo Cordeiro / Tupinambá, Villegagnon, Emissário de Genebra, Ministro Cartier, Francês
Leonardo Miranda / Tupinambá, Villegagnon, Ministro Richier, Manobreiro, Juiz
Direção Musical: Marcelo Caldi/Cenário e Figurinos: Carlos Alberto Nunes
Iluminação: Aurélio de Simoni/Fotos: Claudia Ribeiro/Programação Visual: Gio Vaz
Direção de Produção: Pagu Produções Culturais – Equipe: Carolina Bellardi e Juliana Soares.
Assistente de Direção Musical: Roberto Kauffmann
Assistência Cenário e Figurinos: Arlete Rua
Patrocínio: Banco do Brasil/Projeto: Dalmo Cordeiro
Realização: Centro Cultural Banco do Brasil/Assessoria de Imprensa: JSPontes Comunicação – João Pontes e Stella Stephany
Bom para dar boas risadas…Me diverti bastante.
O elenco tem interpretação plenamente envolvente e a produção consegue fazer a plateia embarcar no imaginário da história com poucos recursos e elementos físicos e visuais.
Sem falar da competência musical do elenco, impecável.
Achei que alguns momentos foram entediantes, mas no geral é um excelente espetáculo.
Vale a pena conferir.