Quando se pensa que ela chegou ao auge de seu talento, Gal Costa surge ainda melhor
Não é de hoje que a baiana Gal Costa é reconhecida como uma das maiores cantoras brasileiras de todos os tempos. Musa da Tropicália, e reverenciada por mestres como Tom Jobim, Caetano Veloso, Dorival Caymmi e até seu ‘muso’ João Gilberto, a cantora sempre teve como marca registrada renovar-se a cada trabalho. E assim tem sido há exatos 54 anos, quando Gal deu o pontapé inicial na carreira.
Após alguns anos sem um álbum inédito, Gal lançou em 2011 o elogiado ‘Recanto’, no qual flertou intensamente com batidas eletrônicas. Ali a cantora já denunciava mais uma vez sua vontade de sacudir a poeira e seguir se reinventando. Quatro anos depois a diva grava ‘Estratosférica’, trabalho com direção de Marcus Preto e canções de novos artistas, como Céu e Mallu Magalhães, entremeadas a músicas dos amigos Caetano e Milton Nascimento. Mais um gol de placa!
Agora, quando se pensa que a baiana chegou ao limite de suas criações, Gal traz o belíssimo ‘A Pele do Futuro’, onde mescla a bela ‘Minha Mãe’, em dueto com a conterrânea Bethânia, com a charmosa ‘Cuidando de Longe’, onde divide os vocais com Marília Mendonça, que também assina a canção.
Melhor que tudo isso, só assistindo o resultado desse fabuloso trabalho se refletindo nos palcos, como acontece agora com o show de mesmo nome, que na última sexta-feira aterrizou no Rio de Janeiro e que no próximo ano será registrado em cd e dvd ao vivo.
Além das canções do disco ‘A Pele do Futuro’, Gal incendeia a plateia com interpretações arrebatadoras de ‘O que é que há?'(Fábio Jr. e Sergio Sá), Dê Um Rolê(Moraes Moreira e Luiz Galvão), e as clássicas ‘Chuva de Prata’, ‘Sua Estupidez’, ‘London,London’, dentre outras.
Na noite que lotou a casa Vivo Rio, a cantora botou pra pular carnaval Erasmo Carlos, Sophie Charlotte e o ator Paulo Gustavo, ao som de ‘Balancê’, ‘Festa do Interior’ e ‘Massa Real’.
Uma show que é uma festa. E que também entrará para a história.
*reportagem e imagens : Léo Uliana