Pianista europeu lança álbum inspirado no Brasil !
DAN COSTA, PIANISTA EUROPEU, LANÇA SEU PRIMEIRO ALBUM “SUITE TRÊS RIOS”, INSPIRADO NO BRASIL, NAS PRINCIPAIS PLATAFORMAS DIGITAIS COMO ITUNES E AMAZON
Dan Costa, pianista e compositor europeu, lança seu primeiro álbum instrumental “Suite Três Rios”, gravado no Brasil no ano passado, comparticipações de Jaques Morelenbaum, Leila Pinheiro, Teco Cardoso e Marcos Suzano, entre outros. O título do disco foi inspirado no “encontro das águas” na Amazônia, marcado pelo encontro do Rio Negro com o Rio Solimões. O CD está disponível em várias plataformas, como são iTunes e Amazon, e já alcançou o primeiro lugar nas vendas Jazz no iTunes e o TOP 10 dos mais vendidos no iTunes Portugal. E ganhourecentemente 4.5 estrelas da revista “ All About Jazz”, em matéria que ressalta a importância do disco no contexto da música instrumental brasileira.
– “Suite Três Rios” surgiu de uma forma muito natural quando eu morei no Brasil, onde vivi de 2012 a 2013”, conta Dan. “É um olhar pessoal sobre determinados elementos do universo rítmico brasileiro, cruzados com o jazz e a música clássica, que foram importantes no meu percurso. Este meu primeiro álbum também reflete a minha ligação com a natureza. As minhas próprias origens refletem uma confluência de culturas no seio do contexto europeu, que influenciaram este trabalho e a minha forma de sentir e viver”, completa.
“Suite Três Rios” traz oito composições inéditas de Dan, que também fez os arranjos e a produção do disco, gravado só com músicos brasileiros como Jaques Morelenbaum (cello), Ricardo Silveira (guitarra), Marcelo Martins (sax alto e tenor), Rafael Barata (bacteria/pandeiro), Vittor Santos (trombone), Alberto Continentino (baixo), Teco Cardoso (sax barítono), Marcos Suzano (percussão) e Leila Pinheiro (voz).
– “Foi um prazer poder contar com a participação da Leila Pinheiro, cantora que sigo desde tenra idade e cuja expressividade vocal marcou a quarta faixa do álbum, o único tema cantado que tem por nome simplesmente “Bossa Nova”. Inicialmente esse tema era instrumental e precisava de um letrista, mas a resposta positiva ao meu convite por parte da Leila me deu o impulso para ser eu mesmo o autor da letra. Em seguida contatei o saxofonista de São Paulo, Teco Cardoso, que contribuiu com um belo solo na “Modinha”, e, mais tarde, o violoncelista Jaques Morelenbaum, que toca na primeira faixa do álbum “Alba”, que termina com um improviso piano-sax-violoncelo. O guitarrista Ricardo Silveira ajudou na escolha dos restantes músicos – o saxofonista Marcelo Martins, o trombonista Vittor Santos, o contrabaixista Alberto Continentino e o Rafael Barata, baterista que conheci na Espanha no ano passado. O percussionista Marcos Suzano, que participou em grande parte dos grandes álbuns brasileiros, tocou no “Baião” como convidado especial”, descreve o músico.
Nascido em Londres, onde morou até aos nove anos, Dan Costa é descendente de pai português e mãe italiana, e, em casa, nunca falaram inglês ou francês, por isso sua raiz cultural é bem latina. Passou grande parte da vida na França, onde estudou piano clássico por seis anos na Academia de Música Rainier III no Sul da França e na Academia International d’Été de Nice, bem como na Aurora Music Star Festival na Suíça. E conquistou um diploma de mérito em “modern music performance” no Sir Paul McCartney’s Liverpool Institute for Performing Arts in the UK. Seu interesse por suas raizes latinas se completou com a paixão pelo jazz, levando-o a estudar na Escola Superior de Música, Artes e Espectáculo de Portugal, onde se graduou em piano jazz e ganhou o prémio do Rotary Club como melhor aluno da escola. Durante este curso, ganhou uma bolsa de estudo na UNICAMP – Universidade Estadual de Campinas.
– “A música brasileira sempre esteve presente na minha vida. Em Londres, a minha mãe colocava discos do Tom Jobim e outros e eu ia sempre procurar a marchinha de carnaval “A Turma do Funil” – não me cansava de ouvir essa canção. Claro que estudar num centro de pesquisa como a UNICAMP permitiu-me entrar nesse mundo popular e também conhecer os grandes artistas eruditos, como Villa-Lobos, Camargo Guarnieri e Radamés Gnattali, que adaptaram a vivência do povo local a um universo de raiz européia”, explica.
Kevin Hays, Scott Colley, Kurt Rosenwinkel, Jorge Rossy, Chick Corea e César Camargo Mariano são alguns dos músicos onde foi beber na fonte. Das influências ressalta que César Camargo Mariano o impactou com sua interpretação da música popular brasileira para piano – principalmente samba e choro. Já na linguagem norte-americana, Chick Corea e Keith Jarrett, que nunca teve o prazer de conhecer. E continua a apaixonado pela guitarra de Kurt Rosenwinkel e também pela do norueguês Lage Lund.